27 novembro, 2014

'RODA DE CAPOEIRA RECEBE TÍTULO DE PATRIMÔNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE

A manifestação afro-brasileira conhecida como "Roda de Capoeira" recebeu na manhã desta quarta-feira (26), por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o título de Patrimônio CULTURAL Imaterial da Humanidade. Considerada internacionalmente COMO uma prática cultural multifacetada e multidimensional - que se manifesta COMO luta, dança, esporte e ARTE -, a "Roda de Capoeira" teve a inscrição para recebimento do título aprovada durante a 9ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda, que é realizada na sede da Unesco, em Paris. O evento começou na quarta-feira (24) e chega ao fim na sexta (28). Com o recebimento do título, a "Roda de Capoeira" se junta ao Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA), à Arte Kusiwa- Pintura Corporal (AP), ao Frevo (PE), e ao Círio de Nazaré (PA), já reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade no Brasil. saiba mais 'Semente para o mundo', diz mestre João Grande sobre papel na capoeira Salvador sedia 1ª edição do 'Agosto da Capoeira' Acompanharam o evento, a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado; a Diretora do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI-Iphan), Célia Corsino; além de capoeiristas brasileiros como os mestres Cobra Mansa, Pirta, PETER, Paulão Kikongo, Sabiá e a Mestra Janja. Em nota, a presidente do Iphan, Jurema Machado, disse que a aprovação da inscrição irá promover o aumento da visibilidade da Roda de Capoeira e de outros bens culturais relacionados aos movimentos de luta contra a opressão, sobretudo àqueles pertencentes às comunidades afrodescendentes. "A roda de capoeira expressa a história de resistência negra no Brasil, durante e após a escravidão. Seu reconhecimento como patrimônio demarca a conscientização sobre o valor da herança cultural africana, que, no passado, foi reprimida e discriminada", disse Jurema Machado. Roda de Capoeira Originada no século XVII, em pleno período escravista, a "Roda de Capoeira" desenvolveu-se como forma de sociabilidade e solidariedade entre os africanos escravizados, estratégia para lidarem com o CONTROLE e a violência. De acordo com o Iphan, a prática cultural é um dos maiores símbolos da identidade brasileira e está presente em todo território nacional, sendo praticada em mais de 160 países, em todos os continentes. A Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira foram reconhecidos como patrimônio cultural brasileiro pelo Iphan em 2008, e estão inscritos no Livro de REGISTRO das Formas de Expressão e no Livro de Registro dos Saberes, respectivamente. FONTE: globo.com

1° AULÃO GINGA LEGAL DE CAPOEIRA EM BELÉM DO SÃO FRANCISCO

O Grupo Capoeira Brasil Petrolina, participou nos ultimos dias 21 e 22 de Novembro do 1° Aulão Ginga Legal de Capoeira na cidade de Belém do São Francisco-PE. O aulão teve como organizadores o professor Guerreiro e o instrutor graduado Sombra e contou com a presença do Mestre Acauã - Sobradinho-BA e professor Merson - Petrolina-PE.
Dentro da programação do evento foi realizado um aulão na Praça da Academia das Cidades com os alunos dos programas sociais e convidados, ministrada pelo professor Merson no dia 21, às 19:30. No Sábado, 22, aconteceu no Auditório da Creche Tia Zita uma oficina de confecção de pandeiro, ministrada pelo Mestre Acauã, onde os alunos poderam aprender como se faz um instrumento da capoeira.

20 novembro, 2014

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Zumbi dos Palmares nasceu em 1655, no estado de Alagoas. Ícone da resistência negra à escravidão, liderou o Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas no Brasil Colonial. Localizado na região da Serra da Barriga, atualmente integra o município alagoano de União dos Palmares. Embora tenha nascido livre, Zumbi foi capturado aos sete anos de idade e entregue a um padre católico, do qual recebeu o batismo e foi nomeado Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre nas celebrações de missas. Porém, aos 15 anos, voltou a viver no quilombo, pelo qual lutou até a morte, em 1695. Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da luta contra a escravidão, lutou também pela liberdade de culto religioso e pela prática da cultura africana no País. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra. FONTE: http://www.palmares.gov.br/

11 novembro, 2014

1° AULÃO GINGA LEGAL EM BELÉM DO SÃO FRANCISCO

O Grupo capoeira Brasil - PE estará realizando nos próximos dia 21 e 22 de Novembro de 2014, o 1° Aulão Ginga Legal de Capoeira na cidade de Belém do São Francisco-PE, e desde já convidam a todos capoeirista da região para comparece neste grande evento. O aulão contará com a presença do Formado Acauã - Sobradinho-BA, os Professores Merson, Dourado e Clenio - Petrolina-PE entre outros capoeiristas de nossa região. Para maiores informações entrar em contato com Professor Guerreiro nos contatos citados acima no cartaz do evento.

30 outubro, 2014

REUNIÃO MENSAL DO GRUPO CAPOEIRA BRASIL

Hoje a parti das 19hs será realizada mais uma reunião de planejamento do Grupo Capoeira Brasil de Sobradinho/Petrolina sob a supervisão do Formado Acauã. O mesmo desde já agradece o presença de todos.

28 outubro, 2014

MESTRE PAULÃO

Em 1989, Mestre Paulão (CE), Mestre Boneco (RJ) e Mestre Paulinho Sabiá (Niterói), até então integrantes do Grupo Senzala, decidem fundar o Grupo Capoeira Brasil. Com um trabalho consolidado em Fortaleza, no ano de 1993, Mestre Paulão decide-se mudar para a Holanda e, de lá para cá, vem realizando um belo trabalho para o desenvolvimento da capoeira na Europa. Hoje o Grupo Capoeira Brasil está nos seguintes países europeus: Austrália, Bélgica, França, Espanha, Alemanha, Itália, Hungria, Polônia e Suécia. As aulas são ministradas por graduados, instrutores, professores, formandos e formados, todos sob a supervisão de Mestre Paulão. Mestre Paulão formou vários professores, dentre eles Kim e Marcão, que dão continuidade ao seu trabalho em Fortaleza. Em 2007, o Mestre Paulão organizou seu 13 º Festival Internacional & Batizado na Holanda. Desde 1993, vem realizando inúmeros workshops, participando de programas de TV e apresentações no exterior. Por sua popularidade, Paulão é sempre bem-vindo em batizados e eventos de outros grupos de capoeira. Colaborou com vários DVDs e um livro.

GRANDES MESTRES DA CAPOEIRA

Mestre Bimba Mestre Bimba ao Berimbau Mestre Bimba ao Berimbau Manoel dos Reis Machado, nasceu na Periferia do bairro de Brotas, recebeu de “batismo” o nome BIMBA, em decorrência de uma aposta feita entre a sua mãe e a parteira que dizia ser um menino. Surge aí o apelido BIMBA! O primeiro local onde Mestre Bimba treinou capoeira era conhecido como Estrada dos Boiadeiros no bairro da Liberdade, seu primeiro mestre foi o Africano Bentinho capitão da Companhia de Navegação Baiana. Mestre Bimba, iniciou a capoeira aos 12 anos de idade. Seu curso teve a duração de 04 anos e o método era a capoeira antiga, esta mesma capoeira ele conseguiu ensinar por 10 anos, o local das aulas era conhecido como”Clube União em apuros”, no bairro da Liberdade (bairro este habitado por pessoas na sua maioria de pele negra). Desta forma a capoeira foi reconhecida como “Esporte nacional” e o mestre Bimba reconhecido pela Secretaria de Educação e Assistência Pública do Estado da Bahia com Professor de Educação Física e sua academia foi a pioneira no Brasil á ser reconhecida por Lei. Uma personalidade da vida política e social, que desfrutava sempre se sua companhia, era o governador da Bahia Dr. Joaquim de Araújo Lima. No ano de 1929, Manuel dos Reis Machado com sabedoria exemplar resolveu desenvolver um estilo diferente da Capoeira Angola, fazendo a junção do Batuque com a capoeira de Angola, surge aí a Capoeira Regional que ano á ano vem sempre desenvolvendo mudanças mais eficientes, como forma de luta. A graduação, aquela época era caracterizada por lenços. Em 1932 fundou sua primeira academia no bairro do Engenho Velho de Brotas. Oficialmente a primeira academia de capoeira a ter seu alvará de funcionamento datado de 23 de Junho de 1937. No mesmo ano, fez á primeira apresentação do seu trabalho para o interventor general Juraci Magalhães, onde havia presentes autoridades civis, militares entre outros convidados ilustres. Em 1939, Mestre Bimba ensinou capoeira no Quartel do CPOR. Em 1942 instalou sua segunda academia. Em 1953, Mestre Bimba se apresentou para o presidente Getúlio Vargas, este declarou ser a Capoeira o único esporte verdadeiramente nacional. Mestre Bimba e alguns alunos de Capoeira, estudantes de Medicina, nos anos 20 como a capoeira não era bem vista aos olhos da sociedade, Mestre Bimba resolveu registrá-la como Centro de Cultura Física Regional, localizada na Rua Francisco Muniz Barreto. 01 – Pelourinho. Em 1972, realizou a última formatura do centro de cultura física regional, nesta formatura o (Mestre Vermelho*) foi o orador. Manoel dos Reis Machado, o mestríssimo Mestre Bimba, é o pai da capoeira regional. Aprendeu capoeira aos 12 anos de idade, com o mestre africano Bentinho. Já adulto, exerceu funções de destaque para a cultura baiana. Foi alabê no candomblé, função de zelador do terreiro. Pelo porte grande e respeito que imprimia, ganhou o apelido de Rei Negro e era saudado pelo grito de guerra “Bimba é bamba!”. Em 1949, o escritor Monteiro Lobato o conheceu e lhe dedicou o conto Vinte e dois de Marajó, que conta a história de um marinheiro capoeirista. a.B e d.B (antes de Bimba e depois de Bimba). Assim podem ser entendidas as mudanças sofridas pela capoeira no início de século. Antes de Bimba, a luta era ilegal, passível de punição pelo Código Penal, discriminada pela burguesia como coisa de malandro, de escravo fujão. Os capoeiristas sequer sonhavam em sobreviver dessa manifestação popular. Bimba rompeu com este ranço. Deixou as funções de carroçeiro, trapicheiro, carpinteiro, doqueiro, carvoeiro para abraçar a capoeira e o seu instrumento mais ilustre, o berimbau, hoje identificado como símbolo da Bahia nos 5 continentes. Porém, no Brasil, só em 1999 a capoeira e o berimbau tiveram seus termos, como abadá e aú, incluídos na edição do Dicionário Aurélio, livro referência da língua portuguesa. Mestre Pastinha Mestre Pastinha ao Berimbau Mestre Pastinha ao Berimbau Vicente Joaquim Ferreira Pastinha (Salvador, 5 de abril de 1889 — Salvador, 13 de novembro de 1981), foi um dos principais mestres de Capoeira da história. Mestre Pastinha descende de pai espanhol e mãe baiana, foi batizado em 1889 com o nome de Vicente Joaquim Ferreira Pastinha, na cidade de Salvador-Ba. Conta-se que o princípio de sua vida na roda de capoeiragem aconteceu quando tinha 8 anos, sendo seu mestre o africano Benedito, o que ao vê-lo apanhar de um garoto mais velho, resolveu ensinar-lhe as mandingas, negaças, golpes, guardas e malícias da Angola. O resultado veio logo aparecer, Pastinha nunca mais fora importunado por ninguém. Mestre Pastinha serviu na Marinha de Guerra do Brasil, onde permaneceu por um período de 8 anos. Mestre Pastinha de tudo fez um pouco, trabalhou como pedreiro, pintor, entregava jornais, tomou conta de casa de jogo; no entanto, o que mais gostava de fazer era ensinar “a grande arte “. Pastinha conhecia a capoeira, sabia como era importante continuar aquela cultura, aconselhava que era preciso ter calma no jogo “quando mais calma melhor pro capoerista”, e que a capoeira ela é o pai e mãe de todas as lutas do Brasil. Sabia muito bem os fundamentos e os segredos existentes na capoeiragem, cantava, tocava os instrumentos e ensinava como um verdadeiro mestre deve fazer. Pastinha foi nas rodas de capoeira um autêntico mestre, um bamba na luta. Saindo da Marinha em 1910, inicia sua fase de professor de capoeira, seu primeiro aluno foi Raimundo Aberê, este se tornou um exímio capoeirista, conhecido em toda Bahia. Segundo Mestre Pastinha, sua primeira academia ficava localizada no Largo do Cruzeiro do São Francisco, na Rua do Meio do LargoTerreiro de Jesus. Pastinha dizia: “A capoeira tem muitas coisas. Primeira parte; a capoeira tem seu dicionário; segunda parte: tem seu dicionário; terceira parte : tem seu dicionário e quarta parte ; tem seu dicionário “. Ensinava que quando alguém fosse falar sobre a capoeira dissesse somente o que sabia, “não vá dizer que a capoeira é o que ela não é , nem vá contar o que não viu ninguém falar, então, não vá contar aquilo que não pode contar. Não é todo mundo que vá abrir a boca e dizer eu conheco a capoeira, a capoeira é isso. Nem todos mentais, nem todos sujeitos pode abrir a boca para cantar o que é capoeira não.” Mestre Pastinha era uma pessoa bem humorada, descontraída, bastante receptivo , rico em conhecimento, seu saber transcendia as rodas de capoeira. Era uma pessoa do mundo ideal, camarada amigo, pai e irmão dos discípulos.Viveu intensamente seus longos anos dedicados à capoeira de Angola, classificou-se na história da maladragem, da malícia, como ás. Manteve em sua academia de Angola, a originalidade da eficiência da luta em momento algum fora perdido na Academia de Pastinha. Ele contribuiu categoricamente com o seu talento e dedicação à capoeira para que a sociedade baiana e brasileira percebessem a capoeiragem como uma luta-arte imbatível, guerreira, que está além dos paupérrimos preconceitos que há na sociedade.Vicente Pastinha, foi filmado, fotografado ,entrevistado, gravou disco e deixou um livro, a capoeira nunca mais poderá esquecer este ás, o guardião da capoeira d’Angola. Foi lá na casa 19, no Largo do Pelourinho, que funcionava a sua academia, o Centro Esportivo de Capoeira Angola fundada em 1941. Milhares de pessoas estiveram na academia, ficavam impressionadas com as cantorias, com o som dos berimbaus , pandeiros e agogôs e principalmente, com os jogos que lá rolavam. Por fim, foi feita uma reforma no sobrado, disseram ao Mestre que ele não tinha com o que se preocupar, após terminadas as obras, ele voltaria para lá, seu lar, sua academia. Nunca mais se ouviu a voz de Pastinha dentro do sobrado, o povo não mais assistiu a uma maravilhosa roda de capoeira de Angola naquele velho sobrado. O Mestre Pastinha não voltou, lamentavelmente morreu na escuridão de um quarto decadente no bairro Pelourinho em Salvador. Mais informações, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Capoeira